domingo, 29 de março de 2009

Trabalho de Geografia proposto por Fernando Cavalcante

Bom em resposta ao trabalho que nos foi requisitado pelo professor Fernando Cavalcante, neste post estamos comparando duas noticas/reportagens que falam sobre o mesmo tema mas são diferentes. O tema das notícias é alimentos transgênicos.

A primeira foi retirada da Carta Maior as 18 horas do dia 29/03/09 pelo seguinte link ( http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15880&alterarHomeAtual=1)

RIO DE JANEIRO – O alto risco de contaminação inerente à produção de variedades transgênicas de arroz causou uma inesperada e inédita derrota para a industria internacional de biotecnologja no Brasil. Após ver o pedido de liberação comercial de uma variedade de arroz geneticamente modificada pela empresa Bayer CropScience ser bombardeado até mesmo por setores pró-transgênicos durante a audiência pública convocada para discutir o tema, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela liberação de transgênicos no país, decidiu que só voltará a analisar o pedido no segundo semestre.A derrota é provisória, mas, pelo que se ouviu na audiência pública realizada em Brasília em 18 de março, dificilmente o arroz LL62, desenvolvido para resistir ao agrotóxico glufosinato de amônio, será liberado no Brasil. Contra essa liberação falaram até mesmo algumas entidades de classe que, até então, vinham adotando uma eufórica postura pró-transgênicos, caso da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e dos também gaúchos Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz) e Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Vale lembrar que, segundo dados do Ministério da Agricultura, o Rio Grande do Sul é responsável por 63% da produção brasileira de arroz.Contra o arroz da Bayer pesaram alguns pontos, como a falta de atrativos comerciais (não existe um mercado consumidor), a precariedade da tecnologia desenvolvida (só tem garantia para três anos), e, sobretudo, os casos de contaminação das lavouras convencionais já registrados na Índia e nos Estados Unidos, países que permitiram apenas o plantio experimental de variedades transgênicas de arroz.“A contaminação do arroz nos EUA, causada por um vazamento dos campos experimentais de transgênicos da própria Bayer, gerou um trauma no mercado internacional. O risco de contaminação do arroz brasileiro por variedades transgênicas é um grande problema para a agricultura, especialmente nesse momento em que o país busca espaço no mercado externo”, disse, durante a audiência, o coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace, Rafael Cruz.“Não devemos aprovar o arroz LL62. Trata-se de uma questão de segurança alimentar”, resumiu o representante da Embrapa, Flávio Breseghello, que fez a melhor intervenção durante a audiência. Apesar de declarar não ser contrário aos transgênicos ou a modificação genética do arroz, Breseghello afirmou que o arroz desenvolvido pela Bayer “agravará os problemas já existentes para a produção de arroz no Brasil”, e que o país “não deve adotar uma tecnologia que dura poucas safras”.Arroz vermelhoO principal problema técnico do arroz transgênico da Bayer, segundo a exposição de Breseghello, é a possibilidade de cruzamento com o arroz vermelho, espécie ancestral do arroz branco ainda existente no Brasil, além de consumida e apreciada em algumas regiões por seu sabor e propriedades nutricionais. Apesar de suas inúmeras qualidades, o arroz vermelho é considerado uma espécie invasora, que “compete” com as lavouras do arroz branco utilizado pela indústria de alimentos.O técnico da Embrapa explicou o temor de que o cruzamento, considerado inevitável, do arroz LL62 com o arroz vermelho dê origem a um arroz vermelho transgênico e resistente a agrotóxicos. Foi citado o exemplo do arroz transgênico Clear Field _ desenvolvido por outra gigante do setor de biotecnologia, a Basf, para resistir ao herbicida Only _ que, plantado experimentalmente no Rio Grande do Sul, já contaminou o arroz vermelho: “Cerca de 70% do arroz vermelho analisado em 2007 já apresentava resistência ao Only. A contaminação é irreversível e daria origem a um arroz vermelho resistente a dois diferentes tipos de herbicida”, disse Breseghello.Outra intervenção interessante coube ao engenheiro agrônomo e produtor João Batista Volkman, que produz com métodos da agricultura biodinâmica, sem utilizar nenhum produto agroquímico, e colhe cerca de oito toneladas de arroz por hectare a cada safra (a média brasileira é de pouco mais de seis toneladas). Indignado, Volkman apresentou uma importante questão: “Quem se responsabilizará caso o meu arroz seja contaminado e eu perca meus selos de qualidade orgânica e biodinâmica?”.


A segunda foi retirada no mesmo dia e na mesma hora do site ultimosegundo da ig ( http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/safra/2009/03/17/arroz+greenpeace+discute+liberacao+comercial+da+variedade+transgenica+4866901.html)


SAFRAS (17) - O Greenpeace participa amanhã, em Brasília, da audiência pública convocada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para discutir o pedido de liberação comercial de uma variedade de arroz transgênico da Bayer CropScience. O debate sobre o arroz LL62 da Bayer, que acontecerá no auditório Freitas Nobre, do Anexo 4 do Congresso Nacional a partir das 9 horas, contará com a presença de cientistas e representantes da sociedade civil.O regimento interno da CTNBio permite, durante a audiência pública, a exposição de argumentos dos participantes. Os cientistas da Comissão podem se isentar de responder às perguntas da sociedade civil.O representante do Greenpeace na audiência pública será Rafael Cruz, coordenador da campanha de transgênicos. O arroz transgênico, ao contrário das variedades já aprovadas pela CTNBio de soja e milho - destinadas basicamente à alimentação animal -, é quase todo destinado à alimentação humana. O Brasil poderá ser o primeiro país no mundo a plantar e consumir arroz transgênico. O arroz transgênico LL62 da Bayer foi modificado geneticamente para resistir a um agrotóxico, com a introdução de uma sequência genética de bactéria. A propriedade adquirida pelo arroz é a resistência ao agrotóxico glufosinato de amônio.Estudos independentes sobre os impactos do glufosinato na saúde humana e animal indicam que, quando testado em ratos, sua ingestão foi responsável por alterações no sistema nervoso, tremores, convulsões, reações alérgicas, além da permanência residual da substância no fígado, rins e no leite dos animais.Na quinta-feira, dia 19/3, a CTNBio se reúne no auditório do Ministério de Ciência e Tecnologia, a partir das 9 horas, para discutir o pedido da Bayer para a liberação comercial (plantio e venda) do seu arroz transgênico LL62. O Greenpeace acompanhará também essa reunião da Comissão. As informações são do Greenpeace.

Os meios pelos quais se transmite a informação hoje em dia são muito rápidos e eficientes, mas apresentam certas divergências entre si.Peguemos a internet o meio utilizado para achar as noticias acima.Nela cada um põem e omite o que quer em beneficio próprio.Nas noticias acima , o site da ig, apesar de ter escrito seu artigo antes do da carta maior com plena consciência do que fazia excluiu propositalmente do artigo o fato do arroz LL62 fazer mal as outras plantações de arroz podendo alem de causar problemas na safra futura causar malefícios aos humanos.

A reportagem do ig e a da carta maior se baseam em estudos americanos feitos sobre o arroz.A do ig foi escrita antes mas ao criar um artigo sobre a reunião na qual decidiriam a aprovação ou não do arroz, os estudos já teriam sido feitos para ajudar na argumentação de ambos os lados ( os favoráveis e os contra o arroz) na reunião.
Depois surge então a pergunta por que excluir esse fato da sua reportagem.O ig teria tendências de aprovar os trangenicos e com o objetivo de tentar enaltecer o arroz exclui seu ponto negativo.