domingo, 1 de novembro de 2009

" O colapso da industria do arroz"

“O colapso da indústria do arroz.”


Transgênicos por si já tem uma definição peculiar e polemica. A melhor definição para eles é : organismos geneticamente modificados (OGMs), são seres vivos criados em laboratório a partir de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza: planta com bactéria, mamífero com inseto, bactéria com vírus, e por aí vai. Usando uma técnica que permite cortar genes de uma determinada espécie e colá-los em outra, os cientistas criaram organismos totalmente novos com características específicas. É o caso do arroz LL62, que a Bayer quer plantar e vender no Brasil. Seríamos cobaia do novo produto da Bayer, que não é plantado comercialmente em país algum do mundo.O Brasil e outros países já usam certos transgênicos em seu dia a dia , sendo os mais comuns o milho e a soja,só que eles tem como função só a alimentação de animais, nunca houve teste em alimentação humana portanto não temos como saber os efeitos que a instalação do LL62 terá sobre nós.O arroz é cereal que alimenta metade da população do mundo necessita de muita água para irrigação e fica atrás apenas do cultivo do milho e do trigo em área plantada. Em 2005, a área plantada era de 153.434.464 hectares e foram produzidas 618.440.644 toneladas de arroz. O Brasil, que está entre os 10 principais produtores, colheu 3.579 quilos por hectare em 2004, quantidade superior à registrada nos anos anteriores. O cereal da qualidade agulhinha Tipo1 é o mais consumido entre os brasileiros e faz parte da dieta básica, juntamente com o feijão. Rico em amido, o arroz é uma ótima fonte de energia, de minerais como o ferro, as vitaminas B e proteínas e a Bayer com o LL62 já causou um prejuízo de US$ 1 bilhão em vários países e assim está levando à falência locais produtores de arroz convencional, assim daqui a pouco nos depararemos só com esse arroz transgênico pois não haverá mais produção de arroz convencional.

Prós:
O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Para passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;
O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microorganismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;
A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microorganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;
Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos numerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.
Uma pesquisa recente publicada pela Academia de Ciências da China apontou que o plantio do arroz geneticamente modificado (GM), resistente a insetos, não só contribui para a diminuição do uso de pesticidas, mas também melhora a saúde dos agricultores e incrementa benefícios comerciais.
Segundo afirmou um dos pesquisadores, Jikun Huang, à revista Science, foram registradas menos enfermidades entre os agricultores de arroz causadas pelo uso de substâncias químicas depois que se reduziu o uso de pesticida em 80%.
A China é um dos maiores exportadores de arroz e está prestes a comercializar o tipo geneticamente modificado. Os resultados preliminares da pesquisa indicam que existem potenciais vantagens nesse tipo de arroz, como melhorar a competitividade chinesa na comercialização.



Contra

O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.
Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.
A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninhas sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.

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